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Mostrando postagens de março, 2010
25 de março de 2005 Que ansiedade! Porque tanto nervosismo? É só uma garota. Linda, simpática e gentil. Nossa! E pensar que já a julguei patricinha, chata e metida. Sou assim mesmo. Julgo sem conhecer. O que me fez mudar? Um sorriso branco e brilhante, que complementam sua face alva com bochechas rosadas, debaixo de lindos cabelos retos. Beleza não é tudo. Sei bem, conheço muitos frascos sem conteúdo. Mas ela é completa. Um belo frasco de perfume da mais cheirosa flor. A ânsia não cessa. Nunca senti tal atribulação. Maldito ônibus que não anda. Cheguei! Ai Deus, lá está ela. Linda, seu nome se torna adjetivo, BÁRBARA. Ouço as batidas retumbantes do meu coração dentro do meu tórax. O que falo, não me compreendo. Perdi a concentração. Deus, ela é mais do que imaginava. Como assim?Pedi um beijo. Sim!? Sensacional! Amanha? Claro! Tchau. Beijo, mais um. Já estou em casa. Em estado de graça. Nem senti o sacolejar irritante do ônibus. Sim mãe, sou eu. Que horas são? Oito e quarenta e seis. Qu
CIELO: O SUPERCAMPEÃO DAS PISCINAS DO GLORIOSO PAÍS DA MONOCULTURA FUTEBOL . É difícil imaginar o melhor nadador velocista da atualidade, campeão olímpico e mundial nos 50m, medalhista de bronze olímpico campeão mundial também nos 100m, além de recordista mundial em ambas as provas, sendo um brasileiro. Jamais duvidando do inquestionável talento de César Cielo Filho, ou do natural dom brasileiro de superar seus limites, a questão é que 99% não têm a oportunidade que Cielo teve. O investimento em educação no nosso país está abaixo do aceitável para um país do futuro. Sim, a educação, pois se meninos e meninas não começarem a desenvolver sua aptidão para algum esporte na escola, só com muita sorte para conseguir com ajuda de terceiros. A nossa cultura futebolística nos cega a outras modalidades, tornando-se fácil que em nossas precarias escolas públicas, só se pratique o futebol nas aulas de educação física. Em algumas com pouco mais de recurso, os alunos são apresentados á outras modali
Simplesmente não acordei De repente estava em pé na porta do quarto de minha mãe, que chorava muito enquanto era consolada por duas de suas irmãs e três vizinhas. Chamava a Deus, pedia que desfizesse o que havia acontecido. Entre soluços, gritos e lágrimas, ouvia a sussurrar meu nome, o que me causou certo espanto, já que estava a sua vista. “Mãe! Estou aqui.” Em vão, ninguém parecia me ouvir. No momento em que ia proferir o mesmo chamado, alguém me deteve. “não vai adiantar.” Era meu pai, que jazia morto a mais de quatro anos. Naquele instante, percebi o que acontecera. “como? Quando?”, interroguei meu pai, que me ignorou completamente. “E os outros, onde estão?”, novamente sem resposta. Saí à procura dos outros. Encontrei minha Irma em seu quarto, de olhos vermelhos e inchados, folheava velhas revistas de futebol e cinema, que me pertenciam. Parecia sua mente estar a quilômetros dali, talvez lembrando quando debatíamos sobre os assuntos daquelas velhas revistas. Quando fui em direção