A Cachorra e sua Menina
Não é amizade. É amor,
incondicional. Se fitam como se conhecessem há séculos, de outras vidas. Talvez
seja isso. O que sentem não dá para explicar, apenas observar, e observando
somos contagiados por uma energia benfazeja única. Seja no passeio pelas
calçadas da cidade pacata, seja no cochilo pós-almoço de sábado, a ligação
entre elas é como um conto de fadas, mas que partiu do “felizes para sempre”
logo no início. Ainda que se desentendam, isso é tão breve que não se
diferencia de uma das muitas brincadeiras. Aos outros, basta mesmo é observar.
Não fazem questão de que gostem delas ou que aprovem sua relação. Pois só elas
sabem o bem que se fazem, o carinho que se proporcionam, o alento em um coração
triste ou o complemento de um momento de felicidade. É uma relação de amor em
seu mais puro estado, daqueles que fazem uma deslocar pela madrugada para ver a
outra, ou que a outra se plante atrás de uma porta ate que a uma retorne. Assim
é, e assim será, enquanto o destino inerente a todo ser vivo não faça valer sua
inevitabilidade. Será sempre a cachorra e sua menina. Amor de verdade.
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