Meu Broder!



Aloísio Afonso de Oliveira e Silva, Afonsinho para os íntimos, Remelexo para os sacanas. Alguns amam odiá-lo, outros odeiam amá-lo. Parece ter vindo ao mundo apenas para causar dicotomias, ser o fiel da balança, balança essa que não o persegue, já que come um mexidão às 7 da matina e se mantém magrelo. Não tem nada de especial a quem não o conhece, o acham metido a besta, mas besta é que ele não é mesmo. Sempre foi desses de despertar alguma coisa aos que convivem com ele, como disse, amor e ódio são sentimentos que o rondam, apesar de o amor dobrar a maioria daqueles que, a um primeiro contato, lhe torcem o nariz. Todos sabem que quem não gosta dele, boa pessoa não é.

A mim, ele foi um divisor de águas. Daquelas coisas que eu saberei até o fim de minha vida, que se não tivesse me acontecido, poderia ter sido completamente diferente. Desde aquela tarde, sei lá, 25 anos atrás (credo!), quando aquela figura esguia, com os dentes projetados e separados, roupa colorida como o Will Smith em Um Maluco no Pedaço, tentou intimidar meu irmão e eu numa das cenas mais toscas que já vi: batendo os pezões no chão como se fossemos cachorros que se assustariam com tamanha bobagem. Meu irmão riu, ele sempre ri. Eu, contra-ataquei com um sonoro “vai tomar no...”. E assim, dessa forma peculiar nos tornamos amigos.

Cresci em sua casa. Tomando sua família como minha. O lugar onde me sentia bem, em que aprendia coisas que acompanham até hoje. Música boa, filmes, literatura (Tenho que creditar algumas à sua irmã, Du), videogame e, principalmente, bobeiras. Comia bem, passava natal, ano-novo, aniversários. Riamos de bobagens, das quais só nós dois sabemos a graça; passamos tardes e tardes ouvindo Alexia, Back Street Boys e Capital Inicial tentando zerar jogos em seu videogame novo ou assistindo Dragon Ball Z na Band. Jogávamos Adedanha e Imagem & Ação, e falávamos de garotas (e que diabo de adolescente não fala?).

Quando a vida adulta nos atingiu, lá estava ele. Presente nos piores e melhores momentos de minha vida. Choramos juntos a partida de seu pai e, alguns anos depois, do meu também. Quando me “formei” na 8ª série ele estava lá. Na do terceiro ano, também. Quando precisei ir morar em JF, adivinha para onde eu fui? Fiquei noivo em um jantar para pais, irmãos e... ele.  Casei! Padrinho. Casa nova! Open house só pr’ele. Nos melhores jogos da Copa 14, estava lá em casa. E, não sei se  elelembra, em meu primeiro beijo, também esteve presente. Mas não como partner, para que fique esclarecido aos maldosos.

Talvez, não tenha sido um amigo tão bom para você como você foi para mim. E pode ser que nem saiba o quanto foi uma parte generosa da minha formação como pessoa. Por isso meu amigo te digo da forma que tenho mais facilidade, escrevendo: obrigado por todos os momentos que fizeram de minha infância e juventude especial, que proporcionou que me tornasse um homem de bem, um tanto difícil de lidar, mas, amigável. Obrigado por sua família, por aquelas tardes e pela ajuda nos momentos em que mais precisei.

Te amo meu broder!

P.S: Acho que o Batistuta foi convocado no lugar do Higuaín!!!

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